Dependência Física
Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestarem-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Dependência Psicológica
Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão consequênte a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.
Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestarem-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Dependência Psicológica
Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão consequênte a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.
Uso de Droga em Adolescentes | ||
Idade de início | Substância | Tempo para uso problemático |
11 anos | álcool | 2,5 anos |
12 anos | maconha | 1 ano |
13 anos | cocaína | 6 meses |
14 anos | crack | 1 mês |
Perfil dos Usuários | |
81% | são de classe média |
46,8% | cursam o nível superior |
50% | mencionam apenas os efeitos positivos da droga |
84% | já tiveram episódios depressivos após o uso |
65,6% | acreditam que o ecstasy é seguro |
15,6% | já tiveram problemas financeiros pelo uso do ecstasy |
100% | usam a droga em grupo |
100% | são usuários de outras drogas como maconha, cocaína e LSD |
Dados Epidemiológicos
20% da população usam substâncias psicoativas no decorrer da vida;
15% no mínimo são portadores da doença da dependência química;
10% a 12% desses usam mais de uma droga concomitante;
A incidência de DQ é de 2 a 6 vezes maior no homem;
DQ evolui do álcool para drogas mais pesadas;
150 mil óbitos/ano por alcoolismo nos USA;
15% dos DQ cometem suicídio (20 vezes maior que na população).
Transtornos Psiquiátricos em Pacientes Dependentes de Álcool
- 218 pacientes alcoolistas x 218 pacientes não alcoolistas - Serviço Ambulatorial Universitário do estado de São Paulo;
- Prevalência em toda vida (LTP) de transtornos psiquiátricos: 70% população alcoolista x 26% população não alcoolista;
- Depressão maior em 50%;
- Personalidade anti-social em 30%;
- Fobias em 20%;
- Abuso/dependência de outras drogas em 19%.
Transtornos de Personalidade na dependência da Cocaína
- prevalência ao longo da vida de transtornos psiquáticos foi de 69%;
- 29% com transtornos afetivos e ansiosos
- 40% com transtornos de personalidade
- 31% sem transtornos
Saiba como Agir nas Emergências
Aprenda a conhecer os sintomas de overdose (intoxicação aguda) e saiba o que fazer quando uma pessoa exagerou no uso de drogas e pode estar precisando da sua ajuda:
Conheça os sintomas:
- Perda da consciência, coma ou sono repentino e/ou profundo
- Respiração lenta ou curta ou parada da respiração
- Sem pulso ou pulso fraco
- Lábios roxos
- Convulsões, movimentos involuntários, desmaios
- Palpitação, taquicardia, dor no peito
Saiba o que fazer:
- Chame o resgate ou ajuda médica para emergências, imediatamente.
- Nunca deixe a pessoa sozinha.
- Deite a pessoa de lado, tenha certeza de não haver comida ou vômito na garganta.
- Afaste o queixo do peito.
- Nunca dê outra droga para combater o efeito.
- Nunca ponha nada na boca da pessoa, incluindo água ou medicamentos.
- Se a pessoa estiver tendo uma convulsão segure a sua cabeça com cuidado para não bater no chão ou em algum móvel
Atenção: A mistura de qualquer droga com álcool ou outras drogas aumenta o risco de overdose, ferimentos, violência, abuso sexual e morte.
Vício sem Fim
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Loucos por Pílulas
Remédios para emagrecer, dormir ou combater a impotência geram uma mania pelo consumo exagerado de medicamentos, cada vez mais frequente nos países desenvolvidos
Loucos por Pílulas
Remédios para emagrecer, dormir ou combater a impotência geram uma mania pelo consumo exagerado de medicamentos, cada vez mais freqüente nos países desenvolvidos
Um engraçadinho certa vez definiu a principal diferença entre os seres humanos e o resto dos animais: o homem é um animal viciado em pílulas. A mania é, de fato, tentadora. Você está doente, real ou imaginariamente, e, através do mágico ato de engolir um comprimido com ajuda de um gole d´água, vai se curar - ou se prevenir de uma doença. A tentação é impossível de resistir.
A cada dia, milhões de seres humanos não resistem. Alguns até exageram, se entupindo de vitaminas além das necessidades do corpo (boa parte das quais termina na urina, sem ser aproveitada pelo organismo). Com isso, ajudam a movimentar um mercado farmacêutico que chega aos US$ 400 bilhões ao ano.
O ato de tomar um medicamento é tão influente que mesmo um comprimido sem droga ativa alguma, uma mera pílula de açúcar, pode produzir efeitos benéficos - é o chamado "efeito placebo", que ajuda a explicar a popularidade dos alternativos".
Quase toda família tem seu armário de remédios em casa. São comprimidos, na maior parte; mas também vêm na forma de líquidos ou inalantes, supositórios e injeções.
São os países ricos que engolem a maior parte desse arsenal: 88% das vendas de remédios são feitas nos EUA, Canadá, Europa e Japão. Os americanos são os mais vorazes. Quase metade das vendas foram feitas nos EUA - somado ao Canadá, chega-se a 51% dos remédios vendidos em todo o mundo no ano de 2002, segundo a empresa de consultoria IMS, especializada no mercado farmacêutico. As populações desses dois países, juntas, ficam em torno de 5% da população global.
"A mania ocidental por pílulas é, em grande parte, resultado da lei do menor esforço. Nada é mais simples do que ingerir um medicamento sem gosto e obter a "cura" ou alívio para alguma doença ou alguma situação desagradável", diz Rubens Baptista Júnior, médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. "Nada de dietas, exercícios, aquisição de hábitos de higiene ou prevenção".
O alto consumo de pílulas nos EUA se explica em parte pela sua economia; o país também consome energia, automóveis ou alimentos acima da média mundial. Outro aspecto importante é o cultural. Em nenhum lugar do mundo a propaganda - do alívio rápido e simples para os problemas - está tão arraigada como na cultura de massa dos EUA. "Essa característica só encontra rival no comportamento das classes média e alta brasileiras", diz o médico.
Solução mais fácil
Com isso, o paciente se habitua a receber pílulas para qualquer problema. A cultura já está entranhada no hábito dessas pessoas antes mesmo de elas abrirem a porta do consultório médico. Segundo Baptista Júnior, muitos pacientes costumam ir ao consultório esperando sair com uma receitinha na mão.
Em muitos casos da prática clínica - como o de certos casos de hipertensão arterial - é mais vantajoso para a saúde e para o bolso do paciente que ele não tome remédios, mas perca peso, adote caminhadas e diminua a quantidade de sal da dieta. Mas, como isso exige algum esforço (para o paciente e também para o médico, que deve acompanhar o caso), a solução do comprimido acaba sendo a adotada.
Muitos médicos acabam se rendendo ao desejo dos pacientes e receitam pílulas inócuas ou que não se aplicam ao caso examinado. "É muito comum que os pacientes reajam negativamente quando o caso não exige medicamentos: "Mas não vai receitar nem uma vitamina, doutor?", lembra Baptista.
Mais do que procurar remédios para curar doenças, hoje a indústria farmacêutica se preocupa com as chamadas "drogas de estilo de vida" e com aquelas para tratar doenças crônicas, para as quais o paciente terá sempre de recorrer. E, de preferência, doenças cujas vítimas sejam medidas aos milhões - e os lucros, em bilhões de dólares.
São medicamentos para obesidade, artrite, hipertensão, diabetes, estresse, impotência, depressão, entre outros. Além de problemas menos graves como calvície, celulite ou pêlo facial nas mulheres.
O grande vilão é o estilo de vida urbano, sedentário e com acesso a uma alimentação rica em gorduras. Doenças cardiovasculares estão entre as principais assassinas da humanidade. O próprio coração mata mais que vírus e bactérias nos países desenvolvidos e mesmo naqueles em desenvolvimento com razoável grau de saúde pública, como o Brasil.
A "polipílula"
De acordo com a cardiologista Tânia Martinez, chefe do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2000 foram registradas 260.555 mortes no Brasil em decorrência de doenças cardiovasculares, o equivalente a uma morte a cada dois minutos. "Se somarmos o total de óbitos gerados por enfermidades como a Aids e o câncer naquele ano, não atingiríamos metade dos números de mortalidade em decorrência de problemas cardiovasculares", afirma Tânia.
Isso ajuda a explicar o trabalho de dois pesquisadores britânicos, Nicholas Wald e Malcolm Law, do Instituto Wolfson de Medicina Preventiva. Eles bolaram uma "polipílula" que a respeitada rede britânica BBC não hesitou em chamar de "droga milagrosa".
A idéia é juntar em apenas um comprimido seis remédios diferentes - drogas para diminuir o colesterol, reduzir a pressão do sangue e prevenir ataques cardíacos.
Segundo Wald e Law, pessoas com mais de 55 anos que tomassem a pílula "milagrosa" diariamente teriam 80% menos chance de um ataque cardíaco ou derrame.
Doenças Esquecidas
A preocupação da indústria farmacêutica por drogas de "estilo de vida" causa um problema grave: para o resto do mundo, algumas doenças são negligenciadas, ou seja, não há interesse comercial em se descobrir novas drogas para o seu combate.
Os pesquisadores Patrice Trouiller, francês, e Piero L. Olliano, italiano, especialistas no estudo do desenvolvimento de novas drogas, estudaram as tendências da indústria farmacêutica. Os resultados são tristes para a maior parte da população mundial.
"Nós descobrimos que, de 1.393 novas entidades químicas comercializadas de 1975 a 1999, apenas 16 eram para doenças tropicais e tuberculose", dizem eles e seus colegas. Doenças como a de Chagas (tripanossomíase americana) ou do sono africana (tripanossomíase africana) estão no grupo das que são totalmente ignoradas.
Essas doenças negligenciadas correspondem a 12% do impacto de doenças no planeta. Já as doenças cardiovasculares, para as quais 179 novas drogas foram criadas, têm um impacto semelhante, de 11%. É um caso que ilustra bem o estado do mercado de pílulas.
Produção de pílulas contra disfunção erétil, parte das chamadas
"drogas de estilo de vida"