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Quinta-feira, 05 de Abril de 2012

4 de abril de 2012 (LifeSiteNews.com) — Manifestações da organização pró-vida Brasil Sem Aborto começaram fora do Supremo Tribunal Federal do Brasil enquanto se aproxima a data para uma decisão que permitirá abortos para bebês anencefálicos.
Os defensores dos bebês em gestação estão profundamente preocupados com o caso, que será decidido por ministros em grande parte nomeados por líderes do PT, que é pró-aborto. A votação final está marcada para 11 de abril.
“Não vejo possibilidade de vitória para a vida na próxima votação”, o ativista pró-vida brasileiro Julio Severo disse para LifeSitenews.com, “não porque eu seja pessimista, mas porque um dos ministros já declarou que os que defendem o aborto de bebês deficientes de anencefalia terão uma grande vitória”.
Severo também comentou que todos os 11 ministros do STF foram nomeados por presidentes pró-aborto, e observou que “há amplas forças governamentais pressionando o avanço do aborto legal”.
O caso, que estava parado desde 2008, estará sob a relatoria de um ministro abertamente pró-aborto que declarou publicamente que ele considera o caso como um “gancho” para entrar num debate mais amplo sobre o aborto e a eutanásia como um “direito”.
Numa entrevista à revista Veja naquele ano, num gabinete cercado por imagens católicas sagradas, o ministro do STF Marco Aurélio Mello disse: “O tema anencefalia é um gancho para discutir situações mais abrangentes e fronteiriças”.
“Em minha opinião, os casos de interrupção de gestação de anencéfalo e os de aborto de forma mais abrangente, quando a gravidez não é desejada, possuem um ponto importante em comum: o direito de a mulher decidir sobre a própria vida”, disse Mello, que acrescentou que “o princípio que está em jogo nessas situações é o do direito à liberdade”.
Bebês com anencefalia têm falta parcial ou completa da matéria cerebral superior, e nascem com uma grande abertura na parte de cima do crânio. Eles raramente sobrevivem mais do que uma semana após o nascimento, embora alguns tenham vivido por vários meses nessa situação.
Embora eles sejam muitas vezes considerados como tendo falta de atividade mental, o testemunho de pais de bebês anencefálicos muitas vezes contradiz essa percepção.
Marcela Ferreira viveu 20 meses fora do útero com anencefalia, de 2007 a 2008. Apesar da ausência da maior parte de sua matéria cerebral superior, ela chupava o polegar, chorava para sua mãe e reagia a outros membros da família. A conduta dela era tão contrária ao pensamento convencional sobre anencefalia que levou pelo menos um médico a negar que ela tivesse o problema, apesar de um diagnóstico de vários médicos.
Várias organizações pró-vida planejam iniciar uma vigília de oração às 18h de 10 de abril na Praça dos Três Poderes na frente do Supremo Tribunal Federal, que durará até que todos os ministros tenham votado no dia seguinte, de acordo com o serviço noticioso católico ACI Digital.
ACI Digital também informa que no mesmo dia, uma campanha pró-vida de Twitter será direcionada ao STF, cujo endereço é @STF_oficial, com as hashtags #anencefalo e #avidaporumfio.
publicado por institutogamaliel às 19:00
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