Sula Miranda deixa gospel e volta ao sertanejo para celebrar carreira
Depois de mais de cinco anos de dedicação exclusiva à
música gospel e a outros projetos pessoais, a cantora
Sula Miranda está retornando aos palcos sertanejos para comemorar seus 25 anos de carreira solo. Ela ficou marcada como “a Rainha dos Caminhoneiros” durante anos e conquistou uma legião de fãs entre os motoristas de caminhão.
Agora, segundo ela, tentará conciliar esses dois aspectos de sua carreira. “Eu hoje vou seguir com as duas carreiras, que acaba sendo uma só, pois eu sou uma só e tem de deixar de lado a divisão, pois há muitos outros cantores da música popular brasileira que também professam sua fé, como o Roberto Carlos, que sempre professou a fé dele. Eu vou continuar cantando sertanejo, retomei esse ano, mas o meu
CD também vai ter músicas que professem a fé, que falem de Jesus, que levem também a palavra de Deus de alguma forma para esse público”, disse ela em entrevista ao portal Terra.
Sula afirma que o carinho que sempre recebeu dos caminhoneiros foi determinante para sua decisão de voltar à vida da estrada.
“Na música sertaneja, se você for observar, desde lá de trás, do Tonico e Tinoco, sempre havia uma música de peão boiadeiro e uma música de caminhoneiro. E como tinham poucas mulheres e poucas pessoas mais jovens, eu fui praticamente a única mulher em carreira solo que acabou se destacando por conta disso. Eu canto música sertaneja, mas não a vida do caminhoneiro e sim da esposa do caminhoneiro. Como os que vieram antes de mim eram homens, eles cantavam “estou na estrada, estou cansado”. E eu canto a vida da esposa do caminhoneiro, falo da saudade”, explicou.
Para ela, a sua relação com os caminhoneiros começou quase por acaso, “Começou quando eu lancei o primeiro disco e a música de trabalho se chamava Caminhoneiro do Amor. Por conta dela, que foi a de maior sucesso e virou um marco na minha carreira, a imprensa começou a me chamar de Rainha dos Caminhoneiros. A classe comprou essa ideia e, desde então, acabei assumindo essa condição”.
A cantora, que também dirige caminhões, disse que nunca se desligou dessa imagem e a usou, inclusive, para fazer algumas campanhas, junto o Governo. “Eu sempre fui convidada para fazer alguma coisa relacionada… Eu fiz contra prostituição infantil, antidrogas, contra o rebite. Nem sempre junto ao governo, mas também com empresas que levantavam algumas dessas bandeiras. Sempre aceitei fazer”.